Segundo Jacob Kirkegaard, pesquisador sênior do German Marshall Fund, a Suécia possui algo único no setor de tecnologia que muitos países europeus não têm na mesma medida. Enquanto os Estados Unidos têm gigantes como Google, Meta e Amazon, e a China tem empresas como Alibaba e Huawei, a Europa é mais vista como espectadora do que como inovadora, com a exceção de alguns casos como a ASML na Holanda.
A dependência de empresas estrangeiras para comunicação, redes sociais e entretenimento tem levantado preocupações sobre a capacidade da Europa de competir com os avanços tecnológicos americanos e chineses. Mario Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu, apontou a Suécia como exemplo a ser seguido, destacando que o setor de tecnologia do país é duas vezes mais produtivo que a média da União Europeia e oferece fortes programas sociais.
A Suécia tem se destacado na produção de unicórnios tecnológicos por capita, segundo relatório da Atomico, e o país investe significativamente em pesquisa e desenvolvimento. Além disso, a ampla rede de segurança social sueca encoraja empreendedores a correr riscos, proporcionando um ambiente favorável para a inovação.
No entanto, desafios como a dificuldade em obter financiamento para expansão, em comparação com os EUA, e a necessidade de competir na economia global através de exportações têm sido apontados como áreas de melhoria. Apesar disso, a Suécia continua a ser um exemplo de sucesso no cenário europeu de tecnologia, com iniciativas que impulsionam a inovação e o empreendedorismo no país.