O Irã respondeu negativamente aos apelos dos países ocidentais para diminuir a tensão contra Israel, afirmando que não necessita de autorização para responder a seu inimigo. Essa rejeição ocorre após o assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, aumentando as preocupações sobre a possibilidade de a guerra na Faixa de Gaza se espalhar para outras regiões do Oriente Médio.
No dia anterior aos pedidos de redução das ameaças militares, os governos dos Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália e Alemanha solicitaram que o Irã renunciasse às ameaças de ataque contra Israel. A Casa Branca alertou que qualquer ação iraniana poderia prejudicar as negociações em andamento para um cessar-fogo em Gaza, programadas para começar na próxima quinta-feira no Egito ou no Qatar.
Naser Kanani, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, refutou as acusações afirmando que o pedido dos países ocidentais é uma violação do direito internacional e um apoio a Israel. Apesar disso, nos bastidores, as discussões visando à dissuasão continuam.
O embaixador dos Estados Unidos na Turquia confirmou que Washington está buscando apoio de aliados para convencer o Irã a reduzir as tensões. Funcionários iranianos afirmaram à agência de notícias Reuters que somente um acordo de cessar-fogo em Gaza poderia impedir retaliações do Irã contra Israel.
A região vive um momento de alta tensão desde o assassinato de Ismail Haniyeh, com o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, acusando Israel e afirmando que o país merece uma punição. Em resposta, a Marinha americana enviou navios de guerra e um submarino para o Oriente Médio em apoio às defesas de Israel.
Diante desse cenário delicado, o mundo se mantém atento às próximas movimentações e negociações na tentativa de evitar um conflito ainda mais amplo no Oriente Médio.