Campos Neto ressaltou que a barra para o socorro por parte do Banco Central está mais alta, uma vez que os governos estão mais endividados e o espaço fiscal é menor. Ele mencionou que os mercados amplificaram a repercussão de uma eventual recessão nos EUA, que gerou queda nas ações americanas e no valor do dólar em relação a outras moedas.
Embora a recessão não faça parte do cenário-base do Banco Central, a volatilidade nos mercados ainda pode persistir por mais tempo devido às incertezas. Campos Neto enfatizou a importância de manter o compromisso de convergir a inflação para a meta estabelecida, independentemente de quem estiver na presidência do país.
Além disso, o presidente do BC destacou a necessidade do Brasil ganhar credibilidade com compromissos fiscais e monetários, enfatizando a importância do esforço no médio prazo para convencer os investidores de que haverá uma convergência da dívida. Ele também abordou o impacto do aumento das importações chinesas e as possíveis reações comerciais dos EUA e Europa, alertando para as implicações desse cenário no preço das commodities e nas economias emergentes, como a brasileira.
Portanto, as declarações de Campos Neto refletem a preocupação do Banco Central com os desdobramentos econômicos globais e a necessidade de manter a estabilidade financeira do país em meio a um cenário de incertezas.