Adaptação de “Borderlands” para o cinema revela que Hollywood enfrenta desafios criativos em busca de novas franquias.

O filme “Borderlands” é um exemplo claro do conflito entre diferentes forças criativas, algo comum na indústria cinematográfica de Hollywood nos dias atuais. Inspirado em uma série de jogos, o longa se insere na tendência crescente de adaptações de games para o cinema, como uma tentativa de explorar novas ideias para franquias.

No entanto, a predominância da visão industrial em “Borderlands”, especialmente com a presença de Cate Blanchett no elenco, não é necessariamente uma boa notícia. O filme acaba se tornando um blockbuster bagunçado, que reúne um elenco de renome em uma trama que luta para se sustentar. As cenas de ação, que costumam ser um ponto forte nesse tipo de filme, se perdem em uma montagem confusa e na dependência excessiva de efeitos visuais digitais.

Os bastidores conturbados da produção também contribuem para a confusão do filme. Com uma década de desenvolvimento, “Borderlands” passou por diversas mãos, incluindo roteiristas renomados como Craig Mazin e Sam Levinson. As refilmagens conduzidas por Tim Miller, sem a supervisão do diretor original Eli Roth, acrescentaram ainda mais tumulto ao projeto.

A trama do filme, que gira em torno de uma caçadora de recompensas interpretada por Blanchett, é a premissa principal de “Borderlands”. A protagonista é designada a encontrar a filha de um empresário influente em Pandora, seu planeta natal, e embarca em uma jornada repleta de ação e aventura ao lado de um grupo peculiar de personagens.

No entanto, as falhas narrativas e a falta de coesão na trama comprometem a experiência do espectador. A falta de clareza na introdução dos personagens e o enredo arrastado tornam o filme confuso e previsível. As decisões criativas contraditórias entre os diretores Eli Roth e Tim Miller também são evidentes, refletindo a falta de coesão na obra final.

“Borderlands” reflete a tendência atual de Hollywood em produzir filmes genéricos e desprovidos de originalidade. A falta de criatividade e as decisões equivocadas ao longo da produção resultam em um filme desconexo e pouco cativante, que mal aproveita o potencial de seu elenco talentoso. A obra se encaixa na categoria de produções hollywoodianas que priorizam o espetáculo visual em detrimento de uma narrativa envolvente e estruturada.

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