Richa explicou que a falta de apoio de outros partidos e a ausência de estrutura para a campanha foram determinantes em sua decisão. Ele destacou a questão do tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, que é limitado para o PSDB, não permitindo uma exposição adequada das propostas do partido.
Além disso, em um movimento ensaiado em março, Richa cogitou migrar para o PL de Jair Bolsonaro, mas enfrentou resistência de lideranças do partido em Curitiba e o veto do PSDB nacional, o que frustrou suas expectativas. Outro ponto que contribuiu para sua desistência foi o racha na federação formada pelo PSDB e Cidadania, com apoio declarado ao candidato Eduardo Pimentel (PSD) em fevereiro.
Com a decisão de neutralidade do PSDB, Richa afirmou que os eleitores e simpatizantes do partido em Curitiba estão livres para escolher o candidato de sua preferência. Outro ex-governador do Paraná, Roberto Requião, também está enfrentando dificuldades para formar alianças e ainda não definiu seu vice-prefeito para a chapa.
Além de Pimentel e Requião, outros sete candidatos se apresentam à Prefeitura de Curitiba, entre eles Andrea Caldas, do PSOL, Cristina Graeml, do PMB, e Ney Leprevost, da União Brasil. A disputa promete ser acirrada e com uma variedade de nomes na corrida eleitoral, deixando em suspense quem será o próximo prefeito da capital paranaense.