Protestos em Israel pressionam por acordo de libertação de reféns e acusam Netanyahu de bloquear negociações em Gaza

Os protestos em Israel continuam a ganhar força neste sábado, com manifestantes tomando as ruas de cidades como Tel Aviv, Jerusalém e Haifa. O motivo da revolta é a pressão por um acordo para libertar reféns e a acusação contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de bloquear tal acordo em Gaza.

Milhares de israelenses se reuniram em frente à residência de Netanyahu em Jerusalém, exigindo não apenas a libertação dos reféns, mas também eleições antecipadas. O ex-diplomata Eran Etzion dirigiu-se à multidão declarando que “chegou a hora de um acordo e chegou a hora de eleições”. Segundo ele, o acordo para a libertação dos reféns está pronto para ser fechado, porém Netanyahu estaria bloqueando-o por questões políticas, pessoais e criminais.

Netanyahu retornou ao poder no final de 2022 em uma coalizão com parceiros ultra-religiosos e extremistas de direita, que se opõem fortemente a fazer concessões ao grupo Hamas. A oposição acusa o primeiro-ministro de manter-se próximo a esses parceiros de coalizão para evitar novas eleições, o que poderia acelerar os processos de corrupção nos quais ele estaria envolvido.

A guerra na Faixa de Gaza, que já dura quase dez meses, teve início após um ataque massivo do Hamas a Israel em outubro do ano passado. Segundo autoridades israelenses, o ataque deixou cerca de 1.200 mortos. Em resposta, Israel lançou operações militares extensas na região, provocando a morte de 39,5 mil pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.

Tanto Israel quanto os Estados Unidos e a União Europeia classificam o Hamas como uma organização terrorista. A situação na região continua tensa, com população e autoridades buscando soluções para encerrar o conflito e garantir a segurança de todos os envolvidos.

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