Yiannis Exarchos, responsável pela transmissão dos jogos, anunciou que foram atualizadas as diretrizes para evitar estereótipos e sexismo na cobertura esportiva. Essa medida busca combater o “viés inconsciente” dos profissionais, que costumam capturar mais imagens aproximadas das mulheres, o que reflete a estrutura machista e misógina presente na sociedade.
Historicamente, as mulheres no esporte sempre foram alvo de sexualização, refletida até mesmo nos uniformes diferentes das modalidades. Exemplos recentes de protesto contra essa sexualização foram a equipe norueguesa de handebol de praia, que se recusou a usar biquíni, e as ginastas alemãs, que abandonaram os collants em favor de um traje mais coberto.
Além de combater o machismo e o sexismo, é fundamental reconhecer a diversidade de corpos e experiências das atletas. A representatividade no esporte deve ser acompanhada de uma reflexão sobre como as mulheres são retratadas e narradas na mídia esportiva. A presença de mais mulheres profissionais no jornalismo esportivo é essencial para combater comentários sexistas, como o feito pelo jornalista Bob Ballart durante uma transmissão da Eurosport.
O progresso em busca da igualdade de gênero no esporte ainda é gradual, mas os Jogos Olímpicos de Paris 2024 estão dando passos importantes nessa direção. Que as próximas edições, como os Jogos de Los Angeles em 2028, continuem promovendo a participação e a representatividade das mulheres no universo esportivo.