Segundo informações da Procuradoria, o grupo atuava abrindo contas bancárias com documentos falsos em nome de aposentados e pensionistas, principalmente em cidades do interior paulista. Uma das líderes do esquema realizou mais de 3,5 mil transações bancárias em um período de onze meses, totalizando quase R$ 5,9 milhões – um valor muito acima de sua renda declarada.
A investigação revelou que a organização abriu 124 contas em três anos e contratou mais de R$ 5,1 milhões em operações financeiras, como empréstimos consignados e antecipações de saque do FGTS. As vítimas, na maioria idosos e pessoas vulneráveis, tinham seus benefícios previdenciários desviados para viabilizar as fraudes.
A Procuradoria identificou a divisão da organização em três núcleos: quatro coordenadores do esquema, sete responsáveis pela abertura de contas fraudulentas e contratação dos empréstimos, e nove integrantes do núcleo intermediário que disponibilizavam contas bancárias para a passagem do dinheiro até os líderes da organização.
Além disso, parte do dinheiro desviado chegava a transitar por uma tabacaria e uma loja de roupas vinculadas aos chefes do esquema. Os envolvidos enfrentam acusações de organização criminosa e estelionato, com o Ministério Público Federal oferecendo seis denúncias contra o grupo.
A Operação Anonymous destacou a importância do combate a esse tipo de crime que prejudica a população mais vulnerável, reforçando a necessidade de investigações e ações eficazes para coibir atividades ilícitas desse porte. A Justiça Federal em São Paulo agora avaliará as denúncias apresentadas, visando a punição dos responsáveis e a reparação dos danos causados às vítimas.