A rocha em destaque, batizada de Cheyava Falls, apresenta características que remontam ao que micróbios poderiam ter deixado para trás quando Marte era uma área quente e úmida, há bilhões de anos. A esperança dos cientistas é trazer um pedaço dessa rocha de volta à Terra nos próximos anos para análises mais detalhadas e respostas definitivas.
Kathryn Stack Morgan, cientista adjunta do projeto da missão, explicou que o termo utilizado para descrever a rocha, bioassinatura, refere-se a uma estrutura, composição ou textura em uma rocha que poderia ter origem biológica. Dessa forma, a análise da Cheyava Falls poderia proporcionar importantes descobertas sobre a vida existente no Planeta Vermelho.
A busca por evidências de vida passada em Marte é um desafio de alto risco e alta recompensa, como afirmou Kenneth Farley, cientista do projeto da missão. Caso a rocha estudada pelo Perseverance seja trazida à Terra, os cientistas teriam a oportunidade de analisar compostos orgânicos e veios de sulfato de cálcio presentes nela, elementos-chave para a existência de vida.
O rover também identificou pequenas manchas esbranquiçadas, com anéis pretos ao redor, que indicam possíveis reactores químicos capazes de fornecer energia para micróbios viverem. Tais descobertas reacendem o interesse dos cientistas pela possibilidade de vida em Marte no passado.
Apesar dos desafios financeiros e tecnológicos envolvidos na missão de retorno de amostras de Marte, a equipe do Perseverance permanece engajada na exploração do planeta e na busca por respostas sobre a existência de vida passada. As descobertas até o momento se mostram promissoras e incentivam a continuidade das pesquisas espaciais.