Os bombardeiros americanos, capazes de usar armas nucleares, saíram da base de Barksdale, Louisiana, e sobrevoaram a Finlândia antes de adentrar o espaço aéreo russo, sendo interceptados por caças russos na região de Murmansk. Esse tipo de ação, comum entre a Otan e a Rússia, demonstra a tensão entre as potências e a necessidade de prontidão da defesa aérea.
Os B-52 foram escoltados por caças finlandeses, alemães e romenos até chegar à Romênia, onde realizarão uma missão inédita. A presença dos bombardeiros na região do rio Danúbio, que separa romenos e ucranianos, é um claro sinal de força dos Estados Unidos diante da situação na Ucrânia.
No entanto, é importante ressaltar que as aeronaves não estavam carregadas com armas nucleares, de acordo com análises feitas pela Força Aérea. A presença dos B-52 na região do mar Negro, disputada por Rússia, Ucrânia e países da Otan, evidencia a complexidade geopolítica e militar do local.
O presidente Joe Biden reafirmou, indiretamente, a capacidade de ataque atômico dos Estados Unidos ao posicionar os bombardeiros na Romênia. Esse movimento simboliza a relevância estratégica dessas aeronaves, que continuarão em operação até a década de 2060, mantendo a era da Guerra Fria viva.
Com o agravamento da crise entre Moscou e o Ocidente, a presença dos B-52 na Romênia é mais um capítulo da tensa relação entre as potências mundiais. As ações militares no teatro europeu são uma forma de sinalização e demonstração de poder em um cenário global instável e imprevisível.