Depoimento de familiares de Marielle Franco e Anderson Gomes marca primeiro dia de julgamento dos assassinos confessos

No primeiro dia de julgamento de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, assassinos confessos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, os familiares das vítimas prestaram depoimento no 4º Tribunal de Júri, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (30). Marinete Silva, mãe de Marielle; Mônica Benício, viúva da vereadora; e Ágatha Arnaus, viúva de Anderson Gomes, relataram o impacto dos assassinatos nas vidas de suas famílias ao longo dos seis anos e sete meses desde o ocorrido.

Os réus estão sendo julgados pelos crimes de duplo homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio contra uma assessora de Marielle e receptação do veículo utilizado no crime. Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz acompanham os depoimentos por videoconferência, respectivamente das unidades prisionais em que se encontram em São Paulo e Brasília.

Nove testemunhas estão sendo aguardadas para depoimento, sendo sete indicadas pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e duas pela defesa de Ronnie Lessa. A defesa de Élcio Queiroz desistiu de ouvir as testemunhas que haviam sido requeridas anteriormente.

A primeira testemunha a depor foi Fernanda Chaves, que estava no carro com Marielle Franco e Anderson Gomes no momento do crime. Em seguida, Marinete Silva, mãe de Marielle, expôs a crueldade do assassinato e expressou a expectativa por uma condenação justa. Emocionada, Mônica Benício, viúva de Marielle, relembrou a atuação significativa da vereadora no campo político e a interrupção trágica de sua trajetória ascendente.

Ágatha Arnaus, viúva de Anderson Gomes, compartilhou a dor da perda do marido e a dificuldade de lidar com a saúde do filho, que apresentou atrasos de desenvolvimento após a morte do pai. Ela expressou a expectativa de que os acusados sejam responsabilizados pelo crime e paguem pelo que fizeram.

O julgamento de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz é aguardado com grande expectativa pela sociedade, que anseia por justiça diante de um crime que chocou o país e permanece sem resposta há quase sete anos. As famílias das vítimas buscam não apenas punição para os culpados, mas também o reconhecimento da tragédia que afetou suas vidas de forma irreparável.

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