Os acusados foram denunciados por duplo homicídio triplamente qualificado, homicídio tentado e receptação do veículo usado no crime. A prisão de Ronnie e Élcio ocorreu um ano após o crime, durante a Operação Lume, realizada em março de 2019.
Para compor o júri popular, foram selecionadas 21 pessoas da sociedade, sendo que sete delas serão sorteadas para participar do julgamento. Durante os dias de julgamento, os jurados ficarão incomunicáveis e acomodados em instalações restritas no Tribunal de Justiça do Rio.
O Ministério Público do Rio de Janeiro planeja ouvir sete testemunhas durante o julgamento, incluindo a jornalista Fernanda Chaves, única sobrevivente do atentado. Além disso, parentes das vítimas e dois policiais civis também prestarão depoimento.
O processo que culminou na prisão de Lessa e Queiroz é extenso, contendo 13.680 folhas, 68 volumes e 58 anexos. Ambos serão ouvidos por videoconferência, sendo que Ronnie se encontra preso em Tremembé, São Paulo, e Élcio está detido na Papuda, presídio federal em Brasília.
O desfecho deste julgamento tão aguardado pela população deve trazer respostas sobre um dos crimes que chocou o país. A expectativa é de que a justiça seja feita e que os responsáveis sejam devidamente punidos pelos terríveis acontecimentos que vitimaram Marielle Franco e Anderson Gomes.