Os números apresentados mostram que a mediana de inflação para outubro teve um acréscimo de 0,02 ponto percentual, passando de 0,49% para 0,51%. Já a projeção para novembro permanece em 0,20% pelo terceiro semana consecutiva. Vale ressaltar que o anúncio da redução da bandeira tarifária de energia, de vermelha 2 para amarela, pode ter impactado nas estimativas dos analistas, já que essa mudança ocorreu na última sexta-feira.
Para o mês de dezembro, a mediana para o IPCA também teve um ajuste para cima, subindo de 0,48% para 0,50%. Esses números demonstram uma certa elevação na expectativa de inflação para o final do ano.
Além disso, a mediana do relatório Focus para a inflação suavizada dos próximos 12 meses apresentou um aumento de 4,01% para 4,04%. Essa medida tem ganhado destaque nas análises do mercado, principalmente após a regulamentação da meta de inflação contínua, que entrará em vigor a partir de 2025.
O novo regime estabelece que o cumprimento da meta será calculado com base na inflação acumulada em um período de 12 meses. Caso a taxa ultrapasse ou fique abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o Banco Central será considerado fora da meta.
A meta de inflação ainda permanece com um centro de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Qualquer alteração nessa meta só pode ser feita pelo Conselho Monetário Nacional, após uma decisão do ministro da Fazenda, com um prazo de 36 meses para que a mudança tenha efeito.