Segundo informações divulgadas pela Polícia Civil, a prisão da mulher ainda não teve a identidade revelada, e a operação foi conduzida pela Delegacia do Consumidor (Decon), com o apoio do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE). Na primeira fase da operação, quatro pessoas, incluindo o médico Walter Ferreira e funcionários do laboratório, foram presas por suspeita de envolvimento no caso.
As investigações apontam para uma falha operacional no controle de qualidade dos testes realizados pelo laboratório PCS Lab Saleme, onde a análise das amostras passou de diária para semanal, visando reduzir custos. Paralelamente, está em andamento um inquérito que investiga o processo de contratação do laboratório pelo governo do estado.
O caso chocou a população e autoridades de saúde, levando à interdição do laboratório pela Vigilância Sanitária local até a conclusão das investigações. Como medida emergencial, a Fundação Saúde, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde, convocou o segundo colocado em um pregão para assumir as atividades do PCS Lab Saleme, enquanto uma nova licitação é preparada.
A gravidade do caso levou a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e o Ministério da Saúde a realizarem uma série de ações para investigar a infecção por HIV dos pacientes transplantados no estado do Rio de Janeiro. Diversos órgãos, como a Anvisa, as Vigilâncias Sanitárias estadual e municipal e o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), estão envolvidos nas investigações para esclarecer e responsabilizar os envolvidos no ocorrido.