Proposta no Senado visa melhorar administração do Cristo Redentor no Rio de Janeiro através de mudanças no Parque Nacional da Tijuca.

No Senado Federal, está em tramitação uma proposta que tem gerado polêmica e dividido opiniões. O projeto em questão busca excluir a área do Alto do Corcovado, onde está localizado o monumento do Cristo Redentor, dos limites do Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro. Os responsáveis por essa iniciativa são os senadores Carlos Portinho, Flávio Bolsonaro e Romário, todos do PL, que alegam que essa alteração seria benéfica para a administração do monumento.

De acordo com o PL 3.490/2024, que aguarda a designação de um relator na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), a proposta seguirá para a Comissão de Meio Ambiente (CMA) para decisão terminativa. Isso significa que, caso não haja recurso para votação em Plenário, o projeto será encaminhado diretamente para a Câmara dos Deputados.

Os defensores da proposta argumentam que o Cristo Redentor, considerado uma das sete maravilhas do mundo moderno, enfrenta diversos problemas estruturais e de gestão. Dentre os desafios apontados estão a falta de acessibilidade para pessoas com deficiência, escadas rolantes inoperantes, equipamentos degradados e a insuficiência de banheiros para atender a demanda de visitantes.

A sugestão do projeto é retirar uma parte do parque, onde está localizado o Cristo Redentor, da proteção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Com isso, a Mitra Arquiepiscopal, associação privada vinculada à Arquidiocese do Rio de Janeiro responsável pelos patrimônios religiosos da cidade, teria autonomia para administrar e cuidar do monumento sem a necessidade de autorização prévia formal.

Para os proponentes da iniciativa, como Carlos Portinho, a precariedade na gestão do Cristo Redentor não condiz com sua relevância internacional. Alegam que é necessário garantir a conservação e a melhoria das estruturas para manter a grandiosidade desse ícone brasileiro.

O Cristo Redentor, erguido no topo do Morro do Corcovado, é um dos principais símbolos do Brasil. Sua construção foi concluída em 1931 e, desde então, se tornou uma atração turística mundialmente conhecida. Além disso, a estátua é considerada Patrimônio Mundial da Unesco e proporciona uma vista privilegiada da cidade do Rio de Janeiro.

Diante das discussões e argumentos apresentados, o destino do Cristo Redentor e sua administração continuam sendo temas de debate e reflexão no âmbito político e ambiental. A decisão final sobre a proposta de exclusão da área do monumento dos limites do Parque Nacional da Tijuca promete ser controversa e impactar diretamente a preservação desse importante patrimônio nacional.

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