Empresário confessa rebaixamento de 42 times e esquema de apostas no futebol brasileiro, gerando polêmica na CPI da Manipulação de Jogos.

Nesta terça-feira, em um depoimento remoto à CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado, o empresário William Pereira Rogatto chocou ao confessar ter sido o responsável pelo rebaixamento de 42 equipes de futebol nos 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal. Conhecido como o “rei do rebaixamento”, Rogatto alegou que não poderia ganhar dinheiro sem rebaixar as equipes, afirmando que estava indo contra o sistema vigente.

Durante o depoimento, Rogatto admitiu ter chefiado um esquema de apostas ilegais no Distrito Federal neste ano, assim como ter utilizado a estrutura do Santa Maria no último Candangão, o estadual do Distrito Federal, para adulterar resultados. O empresário se mostrou arrependido e pediu desculpas aos dirigentes da agremiação, confessando sua culpa de forma total.

Vivendo em Portugal, Rogatto demonstrou preocupação com sua segurança e afirmou que não poderia revelar todos os detalhes do esquema. No entanto, se propôs a encontrar parlamentares na Europa para oferecer provas e prometeu novas revelações. Além disso, o empresário revelou ter recebido cerca de R$300 milhões com a manipulação de resultados.

Ao mencionar o dono da SAF do Botafogo, John Textor, Rogatto chamou a atenção para as acusações frequentes de manipulação de resultados no futebol brasileiro feitas por Textor. O empresário, por sua vez, afirmou que as pessoas que trabalharam para ele também trabalharam contra Textor, dando indícios de que as acusações do dono da SAF podem ter algum fundamento.

O depoimento de William Pereira Rogatto à CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado certamente trará mais repercussões e investigações sobre o submundo das apostas ilegais no futebol brasileiro.

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