Segundo as investigações, três dos fuzis apreendidos pertencem ao Exército da Bolívia, o que levanta questões sobre a origem e rota dessas armas até chegarem ao local da apreensão. Três suspeitos foram presos no sítio onde o caminhão foi encontrado, sendo um deles identificado como Carlos Henrique Valente Mariano, dono da propriedade.
Acredita-se que a droga e as armas tenham chegado até o local via Mato Grosso, e que o sítio serviria como um entreposto para distribuição de drogas para outros municípios brasileiros. Além disso, há indícios de que a logística do tráfico era administrada por um dos presos, conhecido como Alemão, que já possuía antecedentes por tráfico de drogas em Mato Grosso.
As armas apreendidas, avaliadas em R$ 860 mil, eram do modelo FAL calibre 7,62, do Exército boliviano, e estavam embaladas, indicando que eram novas e não haviam sido utilizadas ainda. A cocaína apreendida foi estimada em R$ 30 milhões, demonstrando a complexidade e o alcance das operações da quadrilha investigada.
A polícia afirmou que a investigação durou quatro meses e identificou ao menos dez integrantes ligados a um grupo criminoso que estaria associado à facção criminosa PCC. A complexidade da operação e a movimentação constante dos veículos utilizados pelos criminosos dificultaram a ação policial, que busca agora identificar outros possíveis envolvidos e desmantelar completamente a quadrilha.
Autoridades planejam entrar em contato com o governo boliviano para investigar a origem das armas e intensificar esforços para combater o tráfico de drogas e armas na região. A apreensão em Aguaí representa um duro golpe nas operações do crime organizado e destaca a importância do trabalho conjunto das forças de segurança para combater essas atividades ilícitas.