Fundada em 1974, a Samuca logo se tornou a família do coração de Flavio, ainda na adolescência. Além disso, a agremiação também se tornou um lar para a família de sangue de Flavio, como relata sua irmã Glauce Ricci, que também desfila pela escola. Segundo ela, todos na família eram ligados ao Carnaval, o que reforçava ainda mais a relação de Flavio com a Samuca.
Nascido em 1973 em Rio Claro, no interior de São Paulo, Flavio era o irmão mais velho de Glauce e Thais Ricci. Sua infância tranquila no interior foi marcada pela descoberta da paixão pela música, que se manifestou quando ele comprou seu primeiro disco de vinil, aos 12 anos.
Ao longo dos anos, Flavio exerceu diversas funções na Samuca, desde a direção de Carnaval até a direção de harmonia. Seu envolvimento com a escola era tão intenso que ele era conhecido como o “homem do bingo da Samuca”, responsável por cantar os números nos bingos da agremiação.
Mesmo com sua intensa atuação na Samuca, Flavio também conciliava sua paixão pelo Carnaval com sua profissão de escrivão na Polícia Civil de São Paulo, onde ingressou aos 18 anos. Além disso, ele organizava excursões de Rio Claro para a capital paulista, acompanhado de sua sobrinha Livia Ricci.
A morte de Flavio, aos 51 anos, em decorrência de um infarto, deixou um vazio na Samuca e na comunidade do Carnaval. Sua família e amigos prestaram homenagens emocionadas durante sua despedida na quadra da escola, relembrando sua paixão e dedicação ao samba. A lembrança de Flavio continuará viva na comunidade que ele tanto amava.