Papa Francisco pede cessar-fogo e libertação de reféns em conflito entre Israel e Hamas em pronunciamento histórico

O chefe do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, fez um alerta preocupante neste domingo sobre a crise de deslocamento no Líbano em decorrência da intensificação da campanha aérea israelense. De acordo com Grandi, cerca de 1,2 milhão de pessoas foram deslocadas no país devido aos ataques, gerando uma séria crise humanitária. Apesar disso, até o momento, apenas 40% do valor necessário para lidar com essa situação foi arrecadado.

Durante sua visita a Beirute, o chefe do ACNUR ressaltou que houve várias violações do direito humanitário internacional com os ataques aéreos, que resultaram na destruição ou dano de infraestruturas civis. Além disso, ele lamentou a morte de dois funcionários da ONU durante os bombardeios, evidenciando o impacto direto dessas ações na população vulnerável.

Enquanto isso, no Vaticano, o Papa Francisco reforçou sua solidariedade às vítimas do ataque do Hamas a Israel, ocorrido em 7 de outubro, e pediu a libertação imediata dos reféns mantidos em Gaza. O líder religioso convocou um dia de oração e jejum para segunda-feira, marcando o primeiro aniversário do ataque. Ele destacou a escalada do sofrimento no Oriente Médio devido às ações militares em curso e clamou por um cessar-fogo em todas as frentes, incluindo o Líbano.

O papa Francisco também destacou a situação no sul do Líbano, onde os ataques israelenses têm gerado deslocamentos de libaneses e refugiados em direção à fronteira com a Síria. Enquanto Israel alega que seus alvos são membros e armamentos do Hezbollah, a realidade é que a população civil está sendo afetada de forma devastadora. Por isso, o apelo do Papa por orações e solidariedade com os mais vulneráveis nesse contexto de crise humanitária se tornam ainda mais urgentes.

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