No entanto, ao longo dos anos, a visão em relação à bicicleta tem se modificado, principalmente devido à crescente preocupação com questões relacionadas ao trânsito e ao meio ambiente. Estudos têm alertado sobre o impacto do uso de veículos movidos à combustão no aquecimento global, o que tem levado as pessoas a repensarem suas opções de transporte.
Apesar disso, a chamada “carrocracia” ainda é predominante na política, com muitos candidatos relutantes em apoiar a construção de infraestruturas cicloviárias. Em um debate recente, temas como pontes e vias expressas ganharam mais destaque do que as ciclofaixas, demonstrando a resistência ainda existente em relação à promoção do uso da bicicleta como meio de transporte.
Essa resistência, em parte, pode estar relacionada à gestão anterior de Fernando Haddad, que durante seu mandato como prefeito de São Paulo, implementou diversas ciclovias e reduziu os limites de velocidade, o que gerou polêmica e descontentamento em alguns setores da sociedade. No entanto, essas medidas estão alinhadas com as políticas de desenvolvimento sustentável da ONU.
Atualmente, a conscientização sobre a importância da mobilidade sustentável tem crescido, e alguns candidatos têm aderido a propostas em prol do uso da bicicleta como alternativa de transporte. Movimentos suprapartidários têm surgido, buscando o comprometimento dos políticos com a causa. Alguns candidatos, como Guilherme Boulos e Tábata Amaral, têm adotado a bicicleta em suas campanhas, demonstrando um posicionamento favorável à mobilidade sustentável.
Em resumo, a discussão sobre a importância da bicicleta como meio de transporte tem ganhado relevância no cenário político atual, refletindo a necessidade de um planejamento urbano mais sustentável e inclusivo. A assinatura de uma carta-compromisso por parte de alguns candidatos demonstra um avanço nesse sentido, mas ainda há um longo caminho a percorrer para promover uma verdadeira mudança em relação à mobilidade nas cidades.