Ministro do STF determina prazo de 15 dias para Congresso enviar informações sobre “orçamento secreto” das emendas parlamentares.

No dia 3 de outubro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino fez uma declaração contundente em relação ao cumprimento parcial, por parte do Congresso, de uma das decisões tomadas no processo que envolve as emendas parlamentares RP8 e RP9, também conhecidas como “orçamento secreto”. Em uma decisão proferida recentemente, o ministro constatou que o Congresso falhou ao não enviar ao STF todas as informações necessárias sobre as destinações ou mudanças na destinação de recursos provenientes das emendas RP8 (comissão) em 2024.

Diante dessa lacuna de informações, Flávio Dino determinou que os documentos devem ser apresentados em um prazo de 15 dias. O ministro ressaltou a importância da transparência e da rastreabilidade nas deliberações judiciais referentes às emendas RP8, enfatizando que sem a juntada dos documentos exigidos, qualquer nova decisão se torna inviável.

Além disso, na última segunda-feira, Flávio Dino convocou uma nova audiência de conciliação entre o governo federal e o Congresso para discutir as emendas. A reunião está marcada para o dia 10 de outubro e contará com a presença de representantes do Senado, da Câmara dos Deputados, da Advocacia-Geral da União (AGU), da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do Psol, partido responsável por questionar o orçamento secreto por meio de uma petição.

É importante ressaltar que em dezembro de 2022, o STF considerou as emendas RP8 e RP9 inconstitucionais, levando o Congresso a aprovar uma resolução para alterar as regras de distribuição de recursos por emendas de relator, seguindo a determinação da Corte. No entanto, o Psol apontou que a decisão ainda não está sendo cumprida integralmente.

Após a Ministra Rosa Weber se aposentar e passar a relatoria do caso para Flávio Dino, medidas importantes foram tomadas, como a exigência de critérios de rastreabilidade para as emendas e a realização de auditorias pela Controladoria-Geral da União (CGU) nos repasses feitos pelos parlamentares através do orçamento secreto. O desfecho desse caso continua sendo aguardado com expectativa pela sociedade.

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