Segundo o pesquisador Filipe Monteiro, do Observatório Nacional (ON), a distância do cometa à Terra equivale a 70.724.459 quilômetros, com seu periélio – maior aproximação ao Sol – ocorrendo no dia 27 de setembro. Durante o mês de agosto e até a última semana de setembro, o cometa esteve ofuscado pelo brilho do Sol devido à baixa elongação, o que dificultou sua observação. No entanto, a partir da semana de 22 de setembro, já era possível avistá-lo no céu ao amanhecer.
Monteiro ressaltou a importância de escolher um local longe da poluição luminosa para obter a melhor visão do cometa. A observação pode ser feita com os olhos ou com o auxílio de binóculos ou telescópios. Embora não seja possível garantir que o cometa será visível a olho nu devido à imprevisibilidade do brilho desses corpos celestes, a expectativa é de que seja necessário o uso de equipamentos para sua observação.
Na segunda metade de outubro, o cometa poderá ser avistado logo após o pôr do sol, no horizonte oeste, transitando pelas constelações do Sextante, Serpente e Ofiúco. O apelido “Cometa do Século” foi atribuído ao C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) devido ao seu brilho comparável ao do cometa Hale-Bopp, um dos mais brilhantes do século 20.
Cometas como o C/2023 A3 são remanescentes da formação do sistema solar, compostos por poeira, rocha e diferentes tipos de gelo. À medida que se aproximam do Sol, aquecem e liberam gases e poeira, formando suas caudas brilhantes.
Portanto, os apaixonados pela astronomia têm a oportunidade única de observar o espetáculo celeste proporcionado pelo Cometa do Século neste mês de outubro, em um verdadeiro show da natureza.