O evento aconteceu em um momento de crise de queimadas no país, com mais de 210 mil focos de incêndio registrados de janeiro a setembro, quase o dobro do detectado no mesmo período de 2023. A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, participou da reunião e discursou na abertura do evento, que contou com a presença de ministros e vice-ministros da pasta ambiental de 17 países, além de representantes de organizações vinculadas à ONU.
As discussões da reunião giraram em torno de quatro eixos temáticos definidos como prioritários pela presidência brasileira do bloco: adaptação a eventos climáticos extremos, pagamento por serviços ambientais, oceanos e resíduos e economia circular. Devido à urgência das medidas de adaptação climática e à necessidade de aumento de financiamento para nações mais vulneráveis, a ministra Marina Silva destacou a importância de mitigar os impactos das mudanças climáticas.
Além disso, o Brasil apresentou uma proposta de lançar um fundo global para conservação de florestas até a COP30 em 2025, com o objetivo de remunerar países emergentes por iniciativas que protejam suas florestas tropicais. As pautas da preservação dos oceanos e da gestão de resíduos também foram discutidas, alinhadas com fóruns multilaterais que ocorrerão nos próximos meses.
Os líderes do G20 se comprometeram a reafirmar metas ambiciosas para enfrentar a emergência ambiental e climática, buscando definir princípios mais claros sobre o financiamento da adaptação climática e o pagamento por serviços ambientais. Outros temas como a transição energética e o financiamento sustentável também foram abordados em grupos específicos durante a reunião. A expectativa é que as diretrizes estabelecidas na reunião possam contribuir para enfrentar os desafios ambientais e climáticos globais.