O surgimento das galerias comerciais na região remonta ao início do século XX, com a inauguração da primeira delas, a Guatapara, em 1933. Esses espaços se tornaram uma extensão das ruas, incentivando a circulação de pessoas e facilitando o acesso aos estabelecimentos comerciais. Ao longo das décadas de 1940 e 1960, diversas outras galerias foram criadas, como a Olido, a Itá, a Ipê, a Califórnia, entre outras, cada uma com seu próprio estilo arquitetônico e proposta comercial.
Um dos destaques da região é a Galeria do Rock, projetada por Maria Bardelli e Ermano Siffredi, que se tornou uma referência fotogênica do Centro Novo, com sua fachada curva e caminhos coloridos e labirínticos. Outra galeria que se destaca é a Metrópole, na avenida São Luís, que se abre para a cidade e conta com um jardim interno, além de ter sido um ponto de encontro de artistas e intelectuais por muitos anos.
A antropóloga Paula Janovitch, especialista na história das galerias do Centro Novo, ressalta a importância desses espaços para a vida cultural e comercial da região. Mesmo com a mudança de algumas atividades para a avenida Paulista a partir dos anos 1960, o Centro manteve sua essência popular e vibrante, continuando a atrair visitantes e moradores.
Com eventos culturais e comerciais acontecendo nas galerias do Centro Novo, como a visita guiada promovida por Janovitch e o evento Design na Metrópole, fica evidente que esses espaços continuam a desempenhar um papel fundamental na vida da cidade, preservando a sua história e contribuindo para a dinâmica urbana de São Paulo.