Em uma entrevista emocionante, Maria Cleci relata a dor de ter perdido tudo e o sofrimento de recomeçar apenas com a roupa do corpo. Atualmente, ela reside em uma das unidades habitacionais do Centro Humanitário de Acolhimento Recomeço, estrutura gerida pela OIM, braço da ONU. No entanto, é o futuro que mais a preocupa, principalmente após as eleições, quando acreditam que as promessas feitas pelas autoridades poderão ser esquecidas.
A reconstrução das cidades afetadas por desastres naturais tem sido uma promessa recorrente dos gestores e candidatos políticos, especialmente durante a campanha eleitoral de 2024. No entanto, especialistas alertam para a cautela necessária diante de propostas que oferecem soluções aparentemente definitivas, mas que podem não resolver o problema de forma eficaz.
Até o momento, os números de casas reconstruídas frente à quantidade de residências destruídas são ínfimos, o que aumenta a preocupação de Maria Cleci e de outras famílias afetadas. A aposentada, reconhecida como uma liderança local, tem enfrentado desafios emocionais e físicos após a enchente, e expressa sua angústia em relação ao futuro incerto que se apresenta.
Diante de todas as dificuldades, Maria Cleci mantém uma resiliência admirável, mesmo diante do medo e da incerteza. Sua história é apenas uma entre as milhares de famílias que precisam lidar com a devastação provocada por desastres naturais e a morosidade na reconstrução de suas vidas. Enquanto aguardam por soluções efetivas, essas pessoas demonstram uma força e uma esperança inabaláveis, lutando para reconstruir não apenas suas casas, mas suas vidas inteiras.