Em Manacapuru, a profundidade do Solimões chegou a apenas 3 metros, 11 cm abaixo do recorde anterior registrado no ano passado. Com a estação seca ainda longe de acabar e as chuvas demorando a chegar, espera-se que o nível do rio continue caindo nas próximas semanas, agravando a situação das comunidades ribeirinhas.
Os moradores dos vilarejos ficaram isolados, sem transporte devido às águas rasas, e estão enfrentando dificuldades para obter alimentos e água potável. O leito do rio Solimões transformou-se em um enorme banco de areia, obrigando os moradores a atravessá-lo a pé para conseguir chegar em casa.
A pesca, principal fonte de proteína para as comunidades ribeirinhas e indígenas da região, foi afetada com a escassez de peixes, que não conseguem sobreviver em águas rasas e quentes. Ambientalistas apontam as mudanças climáticas e o aquecimento global como os responsáveis pela seca dos rios na Amazônia, além dos incêndios florestais sem precedentes que estão destruindo a vegetação.
A situação é crítica e exige atenção das autoridades e da sociedade para garantir o apoio necessário às comunidades afetadas. A seca na região amazônica não só impacta a vida das pessoas que dependem dos rios para sobreviver, mas também representa uma grave ameaça ao ecossistema da maior floresta tropical do mundo. A solidariedade e ações de preservação ambiental são fundamentais para enfrentar essa crise e proteger a Amazônia.