Inicialmente condenada a 39 anos de prisão em regime fechado, Suzane conseguiu a progressão para o regime aberto no ano passado, após permanecer 20 anos detida. Atualmente, ela reside em Bragança Paulista, interior de São Paulo, onde realiza terapia semanal com uma psicóloga particular e é atendida semanalmente no Centro de Atenção Psicossocial local por uma equipe de profissionais.
A Promotoria alegou que o profissional da Secretaria Municipal de Saúde de Bragança Paulista havia solicitado que o acompanhamento de Suzane fosse espaçado para cada três meses e o atendimento psicológico para uma vez por mês. No entanto, a Justiça negou o pedido, argumentando que cabe ao Juízo da Execução apenas a fiscalização do cumprimento da pena, sem a possibilidade de alterar a periodicidade dos atendimentos determinada anteriormente.
A decisão do Tribunal de Justiça foi fundamentada na necessidade de seguir as condições e período de atendimento psicológico e psiquiátrico estabelecido anteriormente em um acórdão. A reavaliação dessas condições pode ser feita a cada seis meses, de acordo com o Ministério Público.
Além de enfrentar questões relacionadas a seu tratamento psiquiátrico e psicológico, Suzane está se preparando para prestar concurso público para trabalhar como servidora do Tribunal de Justiça, concorrendo ao cargo de escrevente técnico judiciário. A ex-estudante de direito da PUC-SP se tornou conhecida nacionalmente em 2002, quando colaborou com o assassinato de seus pais, Manfred e Marísia von Richthofen, em São Paulo.