Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a urgência de medidas para conter o assédio publicitário das bets nos meios de comunicação. O governo também anunciou a intenção de bloquear o acesso a aproximadamente 500 plataformas de apostas que operam de forma ilegal, recomendando que os usuários retirem seu dinheiro imediatamente dessas empresas.
Além disso, está em discussão a possibilidade de restringir os pagamentos por cartão de crédito para evitar endividamento decorrente das apostas, bem como bloquear esses jogos com o cartão do Bolsa Família. A pressão por ações mais eficazes aumentou após a divulgação dos valores gastos em apostas por beneficiários do programa, conforme levantamento do Banco Central. Segundo a instituição, os beneficiários do Bolsa Família gastaram cerca de R$ 3 bilhões em apostas via Pix somente em agosto.
O senador Omar Aziz (PSD-AM) solicitou informações ao presidente do Banco Central sobre as transações realizadas via Pix para as bets. Ele alega que esse dinheiro gasto com jogos se traduz em doações para as empresas, sem benefícios significativos para os apostadores. Aziz ainda acionou a Procuradoria-Geral da República para requerer a suspensão das atividades das empresas de apostas até que haja uma regulação mais rigorosa.
Outros senadores, como Alessandro Vieira (MDB-SE) e Randolfe Rodrigues (PT-AP), também apresentaram projetos de lei com o intuito de limitar as apostas para grupos vulneráveis e restringir a publicidade das empresas de apostas. O ambiente legislativo está aquecido em relação a essas questões, com propostas que buscam proteger a população e evitar danos socioeconômicos causados pelo vício em apostas.
Em resumo, a atenção do Senado está voltada para o impacto das apostas on-line na vida dos brasileiros e para a necessidade de regulamentação rigorosa do setor, a fim de proteger os grupos mais vulneráveis e garantir um ambiente de apostas mais seguro e responsável.