Juntamente com seu marido, o taxista Alexandre Luiz Botassoli, de 60 anos, o casal viu a água destruir tudo o que tinham conquistado em quase 40 anos, em duas ocasiões distintas. A primeira enchente ocorreu em setembro de 2023 e a segunda, em maio de 2024, deixando-os desamparados e sem recursos. A força da água foi tão intensa que desviou o curso do rio Taquari, causando danos irreparáveis.
A esperança do casal em reconstruir sua vida reside na permanência em sua casa, mesmo temendo por uma nova tragédia. Valquíria e Alexandre resistem ao desespero e mantêm o bom humor como forma de superar o trauma vivido. No entanto, a ameaça de uma próxima enchente ainda assombra não só o casal, mas diversos moradores da cidade.
Assim como em Roca Sales, em São Leopoldo, o aposentado Antônio Wisniewski, de 64 anos, enfrenta dificuldades para se recuperar dos estragos causados pela enchente. Sua casa ficou submersa por 25 dias, levando-o a refletir sobre as sequelas psicológicas e materiais provocadas pela tragédia.
No bairro Passo de Estrela, em Cruzeiro do Sul, a aposentada Leonise Teresinha de Oliveira, de 67 anos, anseia por retornar à sua casa destruída pela enchente. Apesar dos prejuízos, ela mantém a esperança de reconstruir seu lar e planeja erguer um segundo piso para se proteger de futuras enchentes.
Tais relatos refletem a resiliência e a determinação de famílias inteiras que, mesmo diante da devastação, mantêm a esperança de dias melhores e a vontade de reconstruir suas vidas. A solidariedade e o apoio mútuo tornam-se essenciais nesse processo de superação das adversidades causadas pelas enchentes.