Essa diminuição foi influenciada pelo alto volume de vencimentos de títulos atrelados à inflação. Vale ressaltar que a divulgação do relatório, que estava previsto para a última quinta-feira (26), precisou ser adiada devido à greve dos servidores do Tesouro Nacional. O documento foi finalmente revelado na noite desta segunda-feira, já que uma normativa exigia a publicação até o último dia útil do mês.
Mesmo com a queda observada em agosto, a DPF continua dentro do esperado. Conforme o Plano Anual de Financiamento (PAF) apresentado inicialmente no final de janeiro e revisado em setembro, a previsão é de que o estoque da dívida encerre o ano de 2024 em um intervalo entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões.
Outro ponto relevante é a composição da Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi), que também registrou uma redução de 1,55% em agosto, passando de R$ 6,822 trilhões para R$ 6,716 trilhões. Dentre os motivos para essa queda está o resgate de R$ 163,17 bilhões em títulos a mais do que a emissão, especialmente em papéis corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No entanto, a dívida não teve uma queda mais expressiva devido à apropriação de R$ 57,46 bilhões em juros.
Ainda se destacou o aumento da Dívida Pública Federal externa (DPFe) em 0,48%, atingindo R$ 319,17 bilhões no mês passado. Esse avanço se deu em razão da correção de juros, mesmo com uma leve queda do dólar de 0,1% no período. Por conta da greve no Tesouro Nacional, alguns dados não puderam ser divulgados, como a distribuição dos detentores e o colchão da dívida pública, utilizado em momentos de grande volatilidade financeira.
Portanto, é importante analisar com atenção os dados sobre a DPF e suas variações, pois eles refletem diretamente a situação econômica do país e as medidas adotadas para o gerenciamento da dívida pública.