Os investigadores bloquearam aproximadamente R$ 180 milhões em ativos financeiros ligados aos suspeitos e proibiram as entidades investigadas de participar da execução de projetos esportivos. De acordo com as informações obtidas, a organização criminosa é liderada por um ex-servidor exonerado do Ministério do Esporte, que teria facilitado o uso indevido de verbas provenientes de renúncia fiscal federal.
Durante a operação, a Polícia Federal analisou documentos e informações relacionadas a projetos executados entre 2019 e 2022 por cinco entidades sem fins lucrativos, sendo quatro delas sediadas em Belo Horizonte e uma em São Paulo. Essas associações teriam captado mais de R$ 190 milhões em recursos junto a empresas e pessoas físicas, com base na Lei de Incentivo ao Esporte.
A investigação revelou indícios de que associações e empresas com sócios ou vínculos em comum teriam sido criadas com o intuito de desviar recursos, contornando as restrições quanto ao número de projetos apresentados por uma mesma entidade. Além disso, foram identificados direcionamentos de contratações para prestadores de serviço e fornecedores ligados aos dirigentes das entidades investigadas, bem como a criação de empresas para simular gastos com os valores arrecadados pela LIE.
Os envolvidos poderão responder pelos crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A Polícia Federal segue investigando o caso e tomando as medidas necessárias para a desarticulação completa dessa organização criminosa que comprometeu recursos destinados ao incentivo ao esporte no país. A justiça será feita e os responsáveis serão devidamente responsabilizados pelos seus atos ilícitos.