Segundo a pesquisa, um dia seco é considerado aquele com precipitação de chuva inferior a 1mm em um período de 24 horas. A análise utilizou dados de mais de 11 mil pluviômetros espalhados por todo o país, bem como informações de temperatura coletadas por mais de 1.200 estações meteorológicas.
Os resultados do estudo apontam para um cenário de mudanças climáticas, com o aumento da ocorrência de ondas de calor e temperaturas máximas mais elevadas. A região Sul do Brasil, por exemplo, teve um aumento de 30% na precipitação média anual. Além disso, a pesquisa revelou que a emissão de gases do efeito estufa tem contribuído para a prolongação dos períodos secos.
O pesquisador Lincoln Alves, responsável pelo estudo, destacou a importância de ações urgentes para combater os impactos das alterações climáticas. Ele ressaltou a necessidade de investimento em medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, promover a adoção de culturas mais resistentes à seca e ao calor, e incentivar o uso de tecnologias sustentáveis na agricultura.
Paralelamente às questões climáticas, o Brasil também enfrenta um cenário preocupante de aumento das queimadas em biomas como o Pantanal, a Amazônia e o Cerrado. De acordo com relatórios do Ministério do Meio Ambiente, a escalada do fogo nessas regiões tem superado a capacidade de resposta das autoridades federais, estaduais e municipais.
Diante desse contexto desafiador, é crucial que o país adote medidas efetivas para combater as mudanças climáticas e proteger seus ecossistemas. O investimento em práticas sustentáveis e ações de preservação ambiental se tornam ainda mais urgentes diante dos impactos observados nas últimas décadas. A conscientização e a colaboração de todos os setores da sociedade são fundamentais para enfrentar os desafios impostos pelo cenário climático atual.