Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (30) e mostram que, nos primeiros oito meses de 2024, o setor público consolidado acumula um déficit primário de R$ 86,222 bilhões. Já nos últimos 12 meses, encerrados em agosto, o déficit atingiu o valor de R$ 256,337 bilhões, correspondendo a 2,26% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
No ano passado, as contas públicas haviam fechado com um déficit primário de R$ 249,124 bilhões, equivalente a 2,29% do PIB. No mês de agosto, o Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) registrou um déficit de R$ 22,329 bilhões, contribuindo para o resultado negativo das contas públicas consolidadas.
Por outro lado, os governos estaduais apresentaram superávit de R$ 3,386 bilhões em agosto, enquanto os governos municipais tiveram um saldo negativo de R$ 2,951 bilhões. Juntos, os governos regionais tiveram um superávit de R$ 435 milhões, contribuindo para a redução do déficit do setor público consolidado.
As empresas estatais, por sua vez, registraram um superávit primário de R$ 469 milhões em agosto, comparado a R$ 866 milhões no mesmo período do ano anterior. Já as despesas com juros totalizaram R$ 68,955 bilhões em agosto de 2024, uma redução em relação ao mesmo período de 2023.
O déficit nominal, que conta com o resultado primário e os gastos com juros, também sofreu uma diminuição na comparação interanual. No mês de agosto, o déficit nominal ficou em R$ 90,381 bilhões, contra R$ 106,561 bilhões no mesmo período do ano anterior. A dívida líquida do setor público atingiu R$ 7,026 trilhões em agosto, correspondendo a 62% do PIB. Já a dívida bruta do governo geral totalizou R$ 8,898 trilhões, representando 78,5% do PIB. Esses números são importantes para análises e comparações internacionais sobre o endividamento do país.