O episódio aconteceu em junho e resultou na destruição de cerca de 333 mil hectares, duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Este incêndio foi o maior provocado por uma única fazenda este ano no Pantanal, afetando um total de 135 propriedades rurais. O fogo teve início em vegetação nativa típica do Pantanal e levou 110 dias para ser controlado, agravado pelos efeitos das mudanças climáticas.
Em 2024, o Pantanal enfrentou uma temporada de incêndios antecipada, com mais de 11 mil focos registrados até o momento, de acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). As queimadas têm causado danos ambientais severos, impactando a fauna local e aumentando a poluição do ar em diversas cidades brasileiras.
Diante dessa situação, o Ministério da Justiça e Segurança Pública enviou uma proposta de projeto de lei para a Casa Civil, visando aumentar as penas para criminosos que provocam incêndios em florestas. A proposta prevê aumentar a pena básica de três a seis anos, podendo chegar a 18 anos em casos específicos, além do pagamento de multa.
Para prevenir novas ocorrências, o Ibama iniciou notificações preventivas a proprietários de imóveis rurais, exigindo a adoção de medidas de prevenção e controle de incêndios. Essas ações visam dissuadir ignições futuras e evitar danos ambientais de grandes proporções, de acordo com os princípios da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo.
O caso envolvendo Luiz Gustavo Battaglin Maciel demonstra a gravidade das consequências dos incêndios criminosos no Pantanal e a importância de medidas mais rigorosas para combater esse tipo de crime ambiental. A fiscalização e ações preventivas são essenciais para proteger um dos ecossistemas mais ricos do Brasil.