Essa ocorrência excepcional foi resultado de uma tempestade supercelular, caracterizada por sua intensidade e rotação, o que a torna capaz de gerar granizo de grandes proporções. Originada no Uruguai, a supercélula se deslocou pelo sul do Brasil ao longo do dia 25 de setembro de 2024, causando estragos com seu granizo gigante em diversas localidades gaúchas.
O granizo é formado dentro de nuvens de tempestade conhecidas como cumulonimbus, onde as correntes de ar extremas levam gotas de água a regiões muito frias da atmosfera, provocando o congelamento. À medida que as pedras de gelo se movem dentro da nuvem, elas acumulam camadas de gelo até atingirem um peso excessivo, resultando no fenômeno do granizo.
O grupo Prevots, composto por meteorologistas sem fins lucrativos com o objetivo de aprimorar a documentação, pesquisa e previsão de tempestades severas no Brasil, foi responsável por identificar a pedra de granizo que quebrou o recorde deste ano.
É importante ressaltar que o tamanho do granizo está diretamente relacionado à intensidade das correntes de ar dentro das nuvens de tempestade, o que explica a magnitude do evento ocorrido em Bagé. Esse registro serve como um alerta para a importância da monitorização e prevenção de fenômenos meteorológicos extremos, visando a segurança da população e a preservação dos bens materiais.