Os dados apontam que a área queimada no Pantanal triplicou de tamanho, atingindo 2 milhões de hectares, o que representa 13,4% do bioma. Na Amazônia, a área queimada mais do que dobrou em setembro, chegando a 11,7 milhões de hectares (2,8% do bioma). Já no Cerrado, foram registrados 12,3 milhões de hectares queimados em 2024, um aumento de quase 40% em apenas 15 dias.
Apesar do aumento no número de brigadistas e aeronaves envolvidos no combate aos incêndios, tanto a nível federal quanto estadual, a proporção ainda é considerada insuficiente para conter a crise. No Pantanal, o número de profissionais federais em campo cresceu 20%, chegando a cerca de 1.000, com aeronaves passando de 14 para 19. Atualmente, o efetivo está em torno de 800 agentes e 11 aeronaves.
Na Amazônia, o efetivo federal subiu pouco em comparação com a gravidade da situação, passando de 1.468 para 1.608 profissionais, com 10 aeronaves. Enquanto isso, o estado de Tocantins mobilizou 355 bombeiros, e o Amazonas viu seu efetivo crescer de 333 para 706.
A responsabilidade pelo combate aos incêndios é compartilhada entre os governos federal, estaduais e municipais. No entanto, a maioria dos focos de fogo no Cerrado e no Pantanal ocorreram em propriedades privadas, tornando a atuação das instâncias estaduais e municipais essenciais nesse cenário.
A crise das queimadas no Brasil está diretamente ligada à pior seca registrada no país desde os anos 1950. Tanto a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, quanto o presidente Lula reconheceram a falta de preparo do governo e demais instâncias para enfrentar a situação.
Diante desse cenário preocupante, é fundamental que haja uma intensificação dos esforços de combate aos incêndios e de proteção ambiental, com a atuação conjunta de todas as esferas de governo e da sociedade civil. Ações efetivas e cooperativas são essenciais para enfrentar essa crise ambiental que impacta não apenas o Brasil, mas todo o planeta.