Operação do MP e da Receita Federal resulta na substituição de três diretores na Petrobras Biocombustível, mas estatal nega ligação.

Em meio a uma operação de busca e apreensão realizada pelo Ministério Público e pela Receita Federal nas sedes da Petrobras Biocombustível (PBio) no Rio de Janeiro e Minas Gerais, a Petrobras decidiu aprovar a substituição de três diretores da subsidiária. Apesar das circunstâncias que envolvem a diligência, a estatal nega que a movimentação dos executivos esteja relacionada à operação ocorrida na última semana.

Segundo informações fornecidas pela Petrobras, a troca de dirigentes já estava em andamento e não possui qualquer ligação com a ação do Ministério Público e da Receita Federal. A estatal, no entanto, não divulgou os nomes dos novos presidentes e diretores que ocuparão as vagas deixadas pelos afastados.

Os diretores substituídos são Danilo Siqueira Campos, que ocupava a presidência da PBio, Denilson Ferreira, responsável pela diretoria de Biodiesel, e Alexandre Dutra Gomes, diretor administrativo e financeiro. A Petrobras revelou que a investigação em andamento diz respeito a uma possível fraude tributária envolvendo uma empresa comercializadora de sebo bovino que teve operações comerciais com a PBio em 2019.

“A Petrobras e a PBio, sua subsidiária integral, estão colaborando com as autoridades. A companhia reitera seu compromisso com o cumprimento das melhores práticas de ética e conformidade”, afirmou a estatal em comunicado.

A PBio, criada em 2008 com o objetivo de ser a representante da Petrobras no segmento de biocombustíveis, foi incluída na lista de privatizações do governo Bolsonaro, mas acabou sendo retirada do plano no ano passado. Em 2023, a PBio registrou um aumento de 35% nas vendas de biodiesel ao reativar a usina de Candeias, na Bahia.

Atualmente, a PBio opera duas usinas de biodiesel, sendo uma em Candeias, com capacidade para produzir até 304,3 mil metros cúbicos por ano, e outra em Montes Claros, Minas Gerais, com 196,3 mil metros cúbicos instalados. A terceira planta da empresa, localizada em Quixadá, no Ceará, com capacidade para 109 mil metros cúbicos, está temporariamente inativa. A Petrobras segue comprometida em colaborar com as autoridades e em garantir a integridade de suas operações.

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