Essa realidade é ainda mais alarmante quando comparada aos níveis históricos para o mês de setembro. Em 31 de agosto, o sistema contava com 55,6% de sua capacidade, mostrando uma rápida queda em seu volume de água. O estado de alerta é acionado quando o volume útil atinge apenas 40% do reservatório, o que demonstra a gravidade da situação.
Um fator agravante é a falta de chuvas nos mananciais que abastecem São Paulo. A média de chuvas em setembro ficou muito aquém do esperado, com apenas 17,9% da precipitação esperada. Isso é resultado de um período seco prolongado, com a região já tendo passado por 66% do período seco deste ano, segundo a ANA.
Além disso, não houve um único mês em 2024 com entrada de água no sistema Cantareira acima da média histórica. Em comparação com secas históricas, como as de 1953-54 e de 2014-15, o mês de setembro teve uma entrada de água muito aquém do esperado.
Diante desse cenário, a manutenção de uma média de bombeamento da Bacia do Rio Paraíba do Sul acima de 7 metros cúbicos por segundo desde junho se torna essencial para garantir o abastecimento da região. Medidas de conscientização e uso racional da água são fundamentais diante da grave situação hídrica enfrentada pela região metropolitana de São Paulo.