Os totens serão equipados com sensores que medirão diversos parâmetros como chuva, velocidade e direção do vento, temperatura, e qualidade do ar. Além disso, terão alto-falantes e microfones para permitir a comunicação entre a população e os técnicos responsáveis pela prevenção e alerta de desastres climáticos.
O secretário do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm, ressaltou a importância de seguir o plano estabelecido para enfrentar os desafios climáticos na cidade. Uma das principais metas do PLAC é a substituição da matriz energética dos transportes, visando reduzir as emissões de poluentes. Para isso, está prevista a substituição de veículos do transporte público por modelos elétricos, assim como a ampliação de ciclovias.
Dentre as 30 ações definidas no Plano de Ação Climática, 13 já estão em andamento, incluindo a contratação de serviços para monitoramento meteorológico, instalação de sensores para medição do nível das águas, e monitoramento da qualidade do ar. Essas iniciativas são resultado de uma cooperação técnica entre a prefeitura e o Banco Mundial, estabelecida durante a Conferência Mundial pelo Clima (COP27).
O plano também visa preparar a cidade para enfrentar inundações, tempestades, deslizamentos, ondas de calor, secas e vetores de arboviroses, que foram identificados como as principais ameaças pela Análise de Risco e Vulnerabilidade Climática (ARVC). As medidas estão estruturadas em três eixos: preparação para eventos climáticos, redução de emissões e ampliação da arborização, com metas previstas até 2050 e revisões periódicas a cada dez anos.
A necessidade de realinhar o plano após as enchentes de maio deste ano, que causaram muitas mortes e prejuízos, evidenciou a urgência de preparar a cidade para enfrentar os desafios climáticos. O documento obtido pela imprensa revela que a falta de resiliência de Porto Alegre diante dos extremos climáticos já era conhecida há anos, destacando a importância de medidas preventivas e de adaptação para garantir a segurança da população.