Essa adesão mais expressiva nas regiões Norte e Nordeste contrasta com a adesão mais tímida nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, onde apenas um estado de cada região aderiu ao programa: Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Paraná, respectivamente.
Segundo o Ministério da Justiça, o financiamento do programa é de responsabilidade da pasta, que também irá implementar o projeto de padronização de procedimentos e fornecer consultoria técnica. A aquisição das câmeras corporais fica a cargo dos municípios, que podem utilizar recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública, do Fundo Penitenciário Nacional ou recursos próprios.
O Ministério da Justiça estabeleceu 16 situações em que o uso das câmeras corporais é obrigatório para policiais e agentes penais, tanto dentro como fora do sistema prisional. Além disso, as diretrizes nacionais estabelecem três modalidades de acionamento das câmeras: automática, remota ou manual, cabendo aos próprios membros das forças de segurança realizar o acionamento.
Desde 2019, oito estados já receberam financiamento do Fundo Nacional de Segurança Pública para o projeto de câmeras corporais, totalizando R$ 27,2 milhões em recursos. A implementação e ampliação dos projetos de câmeras corporais serão consideradas para o repasse de recursos dos fundos Nacional de Segurança Pública e Penitenciário Nacional.
Os estados interessados em obter recursos para a instalação de câmeras nos uniformes dos policiais precisam seguir as diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Justiça. A pasta afirmou que não há um prazo final para que outros estados possam aderir ao programa, mantendo a expectativa de uma maior adesão em todo o país.