O presidente da ANJL, Plínio Lemos Jorge, ressaltou que essa antecipação não é uma resposta a críticas de outros setores, pois o uso do cartão de crédito para pagamentos de apostas online é quase insignificante na indústria. Segundo ele, a prática de utilizar o Pix como meio de pagamento já era comum entre as plataformas de apostas.
De acordo com a ANJL, menos de 3% do total de apostas realizadas nas plataformas associadas são feitas via cartão de crédito. A decisão de banir esse meio de pagamento já estava sendo discutida em reuniões com a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda.
A proibição imediata do uso de cartões de crédito em apostas online também era defendida pelo presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Isaac Sidney. Ele alertava para o aumento da inadimplência facilitada por esse tipo de transação.
A implementação da proibição do cartão de crédito trará como alternativas aos apostadores o uso do Pix, TED, cartão de débito ou pré-pago. O Pix tem sido o meio predominante utilizado para as apostas, conforme indicou um estudo do Banco Central. Esse estudo revelou que milhões de pessoas têm realizado transferências via Pix para empresas de apostas online.
Diante desse cenário, o governo já está se preparando para monitorar os CPFs dos apostadores e implementar medidas para evitar o comprometimento excessivo da renda das famílias em apostas online. O secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, destacou a importância do compartilhamento de informações para controlar o endividamento por CPF e prevenir problemas relacionados ao jogo.
Assim, a antecipação da proibição do cartão de crédito para apostas online mostra a preocupação do setor com a sustentabilidade e responsabilidade nas transações desse tipo. A indústria de jogos e apostas online e as autoridades financeiras estão atentas às questões de segurança e práticas saudáveis nesse mercado em constante crescimento.