Os produtos comercializados incluíam óleos, protetor labial, lubrificante vaginal, brownie com cogumelo, droga in natura e haxixe. Destaca-se que o óleo do extrato da flor era um dos produtos mais caros, sendo vendido por até R$ 1.700. Além disso, o grupo também promovia um lubrificante à base de Cannabis, conhecido como “xapa xana”, que prometia orgasmos mais intensos, embora sem comprovação científica.
Três indivíduos, com idades entre 27 e 29 anos, foram presos sob suspeita de tráfico de drogas, associação para o tráfico, curandeirismo, exercício ilegal da medicina e crime ambiental por introduzir plantas exóticas que poderiam prejudicar o ecossistema local. O casal responsável pelo esquema residia em Pirenópolis, Goiás, mas era natural de Anápolis. Uma terceira pessoa foi presa em flagrante em Brasília.
A investigação, conduzida pela Cord (Coordenação de Repressão às Drogas) da polícia do DF desde janeiro, revelou a existência de duas grandes estufas e um laboratório na residência do casal em Pirenópolis, além de pacotes de produtos prontos para envio. O delegado Waldek Fachinelli ressaltou que o grupo vendia óleo de Cannabis indicando posologias para tratamentos, mesmo sem a devida regulação como medicamento.
O delegado também mencionou que o laboratório utilizado pelo grupo não possuía capacidade para extrair o CBD de forma segura, um dos componentes não psicoativos da Cannabis. A polícia descobriu que o casal já havia sido abordado anteriormente, alegando uso medicinal da erva, antes de se mudarem para Pirenópolis. A ação policial resultou na prisão dos envolvidos e na apreensão de todo o material ilícito.