Os investigadores tiveram que usar uma britadeira para quebrar o concreto e escavar cerca de um metro de profundidade até encontrar o corpo, que estava em avançado estágio de decomposição e apresentava marcas de violência, como um torniquete no pescoço e estava envolto em plástico bolha.
Lourival afirmou durante seu depoimento que matou Anic com um soco na traqueia em um motel e depois a enterrou em um buraco, cobrindo o corpo com concreto. Ele ainda acusou o marido da advogada, Benjamim Cordeiro, de ser o mandante do crime, porém a defesa do empresário negou veementemente as acusações, classificando o ato como um “desespero e crueldade”.
A delegada Cristiana Onorato, titular da 107ª DP (Teresópolis), esclareceu que até o momento nenhuma prova foi encontrada contra o marido de Anic, reforçando a complexidade do caso.
A investigação aponta que quatro pessoas estão envolvidas no crime, incluindo Lourival Fatica, que se fazia passar por policial federal e trabalhava para a família da vítima. Apesar do pagamento de um resgate milionário, Anic não foi libertada e a polícia considera a hipótese de que ela tenha sido assassinada.
Os desdobramentos do caso revelam um cenário de traições e manipulações, com indícios de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O Ministério Público promete uma investigação rigorosa para esclarecer todos os aspectos desse crime brutal e dar respostas à família da vítima, que vive sob a sombra da dor e da incerteza.