Esse aumento no número de propostas que incluem a tarifa zero reflete o avanço da política em diversos municípios brasileiros. Até setembro de 2024, 136 cidades já adotavam a tarifa zero, segundo levantamento da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Esse crescimento tem sido impulsionado não apenas pela demanda da população, mas também pela crise do setor de transporte coletivo, intensificada pela pandemia.
A implementação da tarifa zero tem impactos sociais significativos, como o aumento na demanda pelo transporte público, o aquecimento das economias locais e o acesso facilitado a serviços de saúde e cultura. Apesar disso, nas grandes cidades, a adoção integral da tarifa zero ainda enfrenta desafios, como os altos custos de implantação e a necessidade de investimentos em infraestrutura para atender à crescente demanda.
A proposta da criação de um Sistema Único de Mobilidade, apresentada pela deputada Luiza Erundina, busca nacionalizar a política da tarifa zero em todo o país. Essa medida, segundo ativistas e pesquisadores, pode representar uma espécie de “Bolsa Família sobre rodas”, garantindo o acesso ao transporte público para as camadas mais desfavorecidas da população e contribuindo para a redução da desigualdade social.
Assim, a tarifa zero no transporte coletivo emerge como uma política pública que não apenas promove a mobilidade urbana, mas também almeja impactar positivamente a vida das pessoas, tornando-se uma bandeira cada vez mais presente nas discussões políticas e sociais do Brasil.