Os signatários do pedido argumentaram que a agressão ia contra as normas do PSDB e destacaram a importância de combater esse tipo de comportamento para preservar os princípios de responsabilidade social e equilíbrio defendidos pelo partido ao longo dos anos. No entanto, a Executiva municipal do PSDB recusou o pedido e justificou que Datena agiu em legítima defesa para repelir a agressão sofrida.
Durante o debate na TV Cultura, Marçal provocou Datena com insinuações sobre um suposto abuso sexual cometido pelo tucano, que já foi esclarecido e não resultou em condenação. Em uma sabatina posterior na TV Globo, Datena afirmou que não se arrependia da reação, mas se comprometeu a não repetir atos de violência.
Apesar do respaldo da cúpula do PSDB, a escolha de apoiar Datena não é unânime entre os filiados do partido. A decisão de ter um candidato próprio ou de apoiar a reeleição do atual prefeito dividiu a legenda e resultou na saída de todos os vereadores do partido da Câmara Municipal de São Paulo.
Desde que Datena anunciou sua pré-candidatura, a insatisfação de uma ala do PSDB aumentou, liderada por Fernando Alfredo, ex-presidente municipal do partido. Alfredo chegou a lançar sua candidatura à prefeitura como forma de obstruir a indicação de Datena, mas acabou sendo expulso da sigla.
Em meio a esse cenário conturbado, o PSDB precisa lidar com as divergências internas e buscar uma unidade em torno de seus candidatos e propostas para as eleições municipais em São Paulo. A decisão de manter Datena como integrante do partido representa um desafio para a coesão da legenda e sua imagem perante a opinião pública.