A série pretende mostrar como as comunidades mais vulneráveis do país, tanto das áreas rurais quanto urbanas, estão enfrentando e ainda vão enfrentar as consequências dos eventos climáticos extremos, como ondas de calor, secas e enchentes, que tendem a se tornar mais frequentes e intensos com o aquecimento global.
Para Atila Roque, diretor da Fundação Ford no Brasil, é fundamental que o debate sobre as mudanças climáticas inclua aqueles que são mais impactados por esses eventos. Os efeitos desiguais já são evidentes, como tragédias recentes de enchentes e incêndios florestais demonstraram.
Roque destaca que as populações negras e indígenas, mulheres, crianças e idosos são os mais afetados pela emergência climática. Políticas públicas que reduzam as desigualdades e combatam o racismo ambiental são essenciais para enfrentar esses problemas.
A parceria da Fundação Ford com a Folha para esta série de reportagens busca trazer vozes e perspectivas importantes para os debates que antecedem a COP30, conferência climática da ONU que acontecerá em Belém, no Pará, em 2025.
As reportagens serão publicadas semanalmente ao longo de um ano e prometem abordar como os biomas brasileiros já estão sendo impactados pelas mudanças climáticas, especialmente afetando a parcela mais vulnerável da população.
Roberto de Oliveira, editor de Projetos Especiais & Parcerias da Folha, ressalta que o projeto “Excluídos do Clima” seguirá os preceitos do jornalismo crítico, plural e apartidário, evidenciando a importância de se abordar de forma ampla e aprofundada a crise climática que o mundo enfrenta.