O Sistema Rio Grande, que abrange a represa Billings e atende Diadema, São Bernardo e parte de Santo André, está operando com cerca de 65,87% de sua capacidade, o pior nível desde 2021, quando atingiu 64,16%. As demais represas que abastecem as cidades da região também estão em condições preocupantes. O sistema Cantareira, que abastece Santo André e São Caetano, está com apenas 57,80% de sua capacidade. O sistema Rio Claro, que fornece água para parte de Ribeirão Pires, Mauá e Santo André, está operando com 26,33% de sua capacidade. E o Alto Tietê registrou apenas 32,10% de sua capacidade, uma situação crítica.
Segundo Marta Marcondes, bióloga e coordenadora do IPH-USCS, a falta de campanhas de conscientização por parte da Sabesp é estranha, especialmente considerando que o Sistema Rio Grande estava com capacidade total em fevereiro e agora está em um nível crítico. A especialista destaca a influência das mudanças climáticas e das ações humanas sobre o meio ambiente, apontando para agravantes como a supressão de vegetação em áreas de nascentes.
Mesmo diante desse cenário preocupante, a Sabesp considera a situação normal para a época. A empresa destaca que o Sistema Integrado Metropolitano opera com 50,4% de sua capacidade e que adota um plano de operação de estiagem anualmente. Apesar de garantir que não há desabastecimento, a Sabesp ressalta a importância do uso consciente da água e promove campanhas de conscientização.
Os sistemas produtores de água abastecem cerca de 19 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo. Com a gravidade da situação, a população precisa se conscientizar sobre o uso responsável da água para garantir o abastecimento e a preservação desse recurso essencial.