Após a agressão, a estudante tomou as medidas cabíveis, indo até a delegacia, realizando corpo de delito, obtendo uma medida protetiva e entregando todas as provas à universidade, inclusive mensagens de desculpas enviadas pelo acusado. Segundo a USP, a vítima foi acolhida pela assistente social da Prip e foi aberto um processo disciplinar contra o aluno à época da denúncia. No entanto, a demora na resolução do caso se justifica pelos prazos necessários para a criação da comissão processante, coleta de depoimentos e produção de relatório.
O inquérito policial está em andamento na 3ª Delegacia de Defesa da Mulher, que classificou o caso como estupro de vulnerável. A estudante, que frequentou uma festa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) na noite anterior ao ataque, relatou ter consumido álcool e perdido a consciência ao chegar ao Crusp. Uma vez lá, acordou duas vezes com o agressor sobre seu corpo, sentindo-se confusa e com hematomas no pescoço na manhã seguinte.
Mesmo com a medida protetiva autorizada pela Justiça, exigindo que o agressor se mantenha a 500 metros de distância da vítima, a estudante afirma encontrá-lo frequentemente na Cidade Universitária, nos corredores do Crusp e nos bandejões. O atual cenário de impunidade e falta de segurança relativa aos casos de violência contra as mulheres dentro da universidade tem gerado preocupação e indignação na comunidade acadêmica.
O caso da universitária estuprada no Crusp se junta a outros relatos de violência em moradias da USP, evidenciando a falta de ação efetiva da instituição para proteger suas estudantes. A universidade disponibiliza canais para denúncia de casos de violência no campus e orienta os estudantes a procurarem ajuda tanto internamente quanto externamente, buscando garantir a segurança e o bem-estar de todos os membros da comunidade acadêmica.