Operação nacional contra incêndios criminosos resulta em 221 detidos em 10 estados da federação

A onda de incêndios criminosos que assola o país resultou na detenção ou prisão de pelo menos 221 pessoas, de acordo com informações das polícias ligadas aos governos estaduais de dez unidades da federação. Os números alarmantes foram divulgados após a intensificação das queimadas em grandes áreas verdes em diferentes localidades.

Os governantes de várias esferas apontaram para motivações criminosas por trás dos incêndios que têm devastado o país desde agosto. Em resposta às solicitações da imprensa, os governos de São Paulo, Distrito Federal, Rondônia, Pará, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Paraná forneceram informações sobre as prisões relacionadas a esses crimes.

Segundo dados do Monitor do Fogo divulgados pelo MapBiomas, a área queimada no Brasil já atingiu 11,39 milhões de hectares neste ano, representando um aumento de 116% em relação a 2023. O mês de agosto sozinho foi responsável por 49% dessa área queimada, e a expectativa é de que setembro registre números ainda mais alarmantes.

Os estados mais atingidos, de acordo com o levantamento, foram Mato Grosso, Pará e Mato Grosso do Sul. Em São Paulo, por exemplo, 26 pessoas foram detidas sob suspeita de causarem incêndios, com destaque para o caso de um homem que foi preso em flagrante após atear fogo em um terreno em São José do Rio Pardo.

Em meio a esses eventos, o governo federal se pronunciou e publicou decretos para criar novas multas por incêndios florestais e flexibilizar repasses para prevenção e combate às queimadas em áreas em situação de calamidade ou emergência. Este cenário demonstra a gravidade da situação e a urgência de medidas para conter esse problema ambiental de grandes proporções.

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