Gastos com Previdência e BPC se estabilizam em agosto e setembro, melhorando expectativas de déficit fiscal zero para 2024, diz ministro da Fazenda.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira (23) que os gastos com a Previdência Social e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) tiveram uma acomodação nos meses de agosto e setembro, após um período de crescimento no meio do ano. A declaração de Haddad traz boas notícias em relação às expectativas de cumprimento da meta de déficit fiscal zero em 2024 pelo governo.

Acompanhado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Haddad se reuniu com representantes de agências de classificação de risco em Nova York para discutir a situação econômica do país. O ministro destacou que as despesas com a Previdência e o BPC ficaram mais controladas no quarto Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas. Ele ressaltou que as medidas tomadas pelo Senado contribuíram para compensar parte das questões relacionadas à reoneração da folha de pagamento.

O relatório divulgado na última sexta-feira (20) liberou R$ 1,7 bilhão do orçamento de 2024, com melhorias provenientes principalmente de fontes de receitas extraordinárias. Haddad enfatizou que o governo está cumprindo sua parte ao manter os gastos estáveis em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).

Além disso, o ministro defendeu que o Brasil seja elevado ao grau de investimento pelas agências de classificação de risco, garantindo que o país seja reconhecido como um bom pagador e seguro para investimentos. Haddad ressaltou que o Brasil possui um superávit comercial significativo e atrai investimentos estrangeiros, o que justificaria essa elevação de status.

Sobre a inflação, Haddad previu uma continuidade na queda nos próximos anos, acompanhada pela redução dos juros básicos da economia. Ele destacou que a inflação em 2022 foi impactada pela redução de impostos sobre os combustíveis, mas que, sem essas intervenções, a inflação teria sido mais alta.

Nesta terça-feira (24), Lula fará o discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, após os encontros com dirigentes das agências de classificação de risco Standard & Poor’s e Moody’s. As discussões sobre a situação econômica do Brasil continuam sendo destaque e demonstram um cenário otimista em relação ao controle fiscal e atração de investimentos.

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